Praga - parte 2


Rio Moldava, Praga.


  Olá!!

  Vamos continuar pela República Checa e por Praga, o nosso segundo dia na cidade foi dedicado ao bairro judeu. O bairro Josefov faz parte da cidade velha de Praga e era o gueto dos judeus da cidade.
  Se visitar a cidade de Praga é só por si uma viagem no tempo, percorrer o bairro judeu, onde fica o cemitério judaico mais antigo do mundo é um grande mergulho na história.

  A comunidade judaica da Boémia e da Morávia foi uma das maiores da Europa. Os judeus da cidade de Praga viveram durante muitos séculos confinados neste gueto, e se aqui viviam, aqui morriam e aqui tinham de ser enterrados. 

  O bairro em si perdeu grande parte da sua essência no século XVIII, quando o rei Joseph II mandou destruir os muros e realizar um "saneamento" no local, transformando o gueto num bairro da cidade Praga. O bairro é atualmente constituido por avenidas largas e lojas de luxo. No entanto, subsistem alguns locais que simbolizam o passado dos judeus de Praga. Esta altura representou um tempo de alguma paz para os judeus, no entanto estes viriam a sofrer novamente e estima-se que dos 120 000 judeus que viviam em Praga só 10 000 sobreviveram ao holocausto e testemunharam a libertação de 1945.
  
  A visita ao bairro é gratuita, no entanto a entrada nos edificios judaicos pode ser realizada através da aquisição de um bilhete que permite a entrada em várias sinagogas, no museu judaico e no velho cemitério judeu. O bilhete combinado que inclui 6 sinagogas, o museu judaico e o cemitério judaico custa 480 CZK (18€) e pode ser adquirido no local


Museu Judaico
Bilhete do complexo judaico
  


  Nunca tinha entrado em nenhuma sinagoga e após adquirir o bilhete para o complexo judaico a primeira onde entrei foi a Sinagoga Pinkas, esta funciona como memorial aos 77 297 (!!) judeus que morreram durante o holocausto. É simplesmente arrepiante entrar e ver os nomes das pessoas que pereceram inscritas nas paredes da sinagoga. 

Interior da Sinagoga Pinkas, Praga.
Interior da sinagoga Pinkas, Praga.
  Após este primeiro embate seguimos para outros dos locais mais simbólicos para o os judeus, o velho cemitério judaico. É considerado o cemitério judeu mais antigo do mundo. 
  Durante vários séculos, os judeus estavam confinados a este gueto, uma vez que não havia mais espaço no cemitério, e não havia para onde alargar, as pessoas eram enterradas umas em cimas outras, estima-se que existam 10 ou 12 níveis abaixo do solo com túmulos. Acredita-se que neste pequeno espaço tenham sido enterradas 100 mil pessoas! O local é verdadeiramente impressionante!!  Deixando-nos com uma sensação estranha e um nó na garganta.


Cemitério Judeu, Praga.

Cemitério Judeu, Praga.

  A visita ao cemitério judaico inclui a passagem pelo museu judaico. Este foi construído em 1906  para memória e conservação do local que existia antes da "libertação" realizada no século XIX. Posteriormente foi enriquecido durante o holocausto. Os nazis queriam fazer de Josefov um museu exótico dedicado a uma "raça extinta" (os judeus), então fizeram chegar ao museu vários objetos de outras comunidades judaicas da Europa central. 

Objetos expostos no museu judaico, Praga.

Museu Judaico, Praga.

  Depois desta visita que nos deixou meio "abananados" fomos visitar a sinagoga Espanhola, muito diferente da anterior. Precisávamos de algo "mais leve" e esta sinagoga é linda!! Por alguma razão é considerada a mais bonita da Europa! 


Interior da Sinagoga Espanhola, Praga.


Interior da Sinagoga Espanhola, Praga.

  Após uma manhã intensa resolvemos ir passear pela zona do rio e apreciar a belíssima vista para o castelo de Praga, precisávamos de digerir o que tínhamos visto de manhã e uma caminhada a par do rio Modava ajudou. O tempo estava nublado mas não chovia.

Ponte Carlos, Praga.

Castelo de Praga ao fundo, Rio Moldava, Praga.

  Para terminar o dia decidimos ir para o outro lado do rio, para o Monte Petrin. Para lá chegar utilizamos, pela primeira vez o metro na cidade. Subimos até ao monte no funicular, sendo que o bilhete é o mesmo que se utiliza no metro. A estação onde se pode apanhar o funicular é a estação Ujezd. Cada bilhete de metro custa 24 CZK (0,90€) e pode ser utilizado por 30 minutos. Existem bilhetes para 90 minutos, que podem utilizados em distâncias mais longas, custam 32 CZK (1,20€).





  Neste monte encontra-se a torre Petrin (inspirada na torre Eiffel) e mesmo não tendo a mesma altura e o mesmo charme, esta torre permite seguramente uma das melhores vistas de Praga. Para se poder apreciar esta vista, é preciso vontade e pernas para subir as 299 (!) escadas. O bilhete que permite subir custa 130  CZK (5€).
  Para além da torre é possível apreciar os jardins, que são muito utilizados pelos habitantes de Praga durante o Verão e o labirinto dos espelhos.


Monte Petrin.


Vista de Praga, foto tirada do topo da torre Petrin.








Vista de Praga, foto tirada do topo da torre Petrin, Praga.

Topo da torre Petrin, Praga.


  Como a noite ia caindo resolvemos descer novamente de funicular, e de volta à cidade velha, percebemos que o Natal estava a chegar a Praga e a cidade estava a ser iluminada a preceito, ficando com um encanto especial.


Mercado de Natal, próximo da praça da cidade velha, Praga.



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